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“Melhor do que esperávamos”, diz Alckmin sobre conversa entre Lula e Trump
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“Melhor do que esperávamos”, diz Alckmin sobre conversa entre Lula e Trump 

Durante entrevista coletiva no início da tarde desta segunda-feira (6), o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que Lula trouxe para a conversa com Donald Trump a revogação de vistos de autoridades brasileiras. O telefonema entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos durou cerca de 30 minutos e, segundo o Itamaraty, ocorreu em tom amigável. Na avaliação do vice-presidente, “foi muito boa a conversa, melhor até do que nós esperávamos, então estamos muito otimistas que a gente vai avançar”.

Segundo Alckmin, Lula argumentou a Trump que tanto a revogação de vistos quanto as sanções via Lei Magnistky são injustas. O vice-presidente ainda afirmou esperar um resultado de “ganha-ganha” nas negociações.

Como argumento contra as tarifas, Alckmin trouxe que, além do Brasil, apenas dois países do G20 possuem superávit com os Estados Unidos: Reino Unido e Austrália. O vice-presidente acredita que Trump levará em conta a amizade de 201 anos entre os dois países e, com isso, reverter suas decisões.

Quanto aos próximos passos, Alckmin confirma a indicação de Marco Rubio como interlocutor. A primeira conversa entre o secretário de Estado americano e Lula, no entanto, ainda não tem data para ocorrer.

Além de Lula e Alckmin, 4 autoridades brasileiras acompanharam encontro

Logo após a ligação, a Secretaria de Comunicação do Governo Federal informou os participantes da conversa, além de Lula e Alckmin:

  • Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores;
  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
  • Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação Social;
  • Celso Amorim, assessor especial de assuntos internacionais;

Ligação ocorre em contexto tenso entre países

A negociação ocorre em um momento de ataques de Lula a Trump. Lula tem classificado as ações de Trump como chantagem para que Moraes absolva Bolsonaro. Os ministros do STF também não tem poupado críticas, embora sem menções diretas ao nome do presidente americano. Em um podcast da TV Justiça, por exemplo, o presidente do STF, Edson Fachin, disse que “nenhum país com qualquer argumento que seja está legitimado a ferir a autodeterminação de outro país”. O presidente classificou supostas interferências como “atentado à soberania portanto um atentado a autodeterminação de quem se afirma na identidade nacional como povo“.

Para além das declarações, a Procuradoria-Geral da República denunciou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, atribuindo a eles a responsabilidade pelas sanções americanas ao Brasil.

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