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conheça a cidade submersa que desapareceu há 2 mil anos
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conheça a cidade submersa que desapareceu há 2 mil anos 

Imagine caminhar pela beira do mar em uma ilha do sul da Itália e descobrir que, a poucos metros da costa, repousa uma cidade inteira soterrada pelas águas.

Foi exatamente isso que aconteceu quando arqueólogos redescobriram Aenaria, cidade submersa que desapareceu há quase dois mil anos após uma erupção vulcânica.

Fundada por volta do século IV a.C., Aenaria ficava na atual Baía de Cartaromana, em Ísquia, e desempenhava um papel estratégico no comércio marítimo romano, funcionando como ponto de apoio para rotas que ligavam diferentes partes do Império.

Além de seu valor econômico, a região era conhecida pela produção de metais e cerâmica, o que fez de Aenaria um polo ativo da vida mediterrânea. 

A tragédia causada por um vulcão em Aenaria 

A realidade de Aenaria mudou radicalmente no século I d.C., quando uma violenta erupção vulcânica fez com que parte da ilha de Ísquia afundasse, soterrando também a cidade.

Assim como aconteceu com Pompeia e Herculano, também destruídas por vulcões, Aenaria deixou de existir da noite para o dia. Só que, ao contrário das cidades vizinhas, ela desapareceu silenciosamente sob as águas, sendo praticamente esquecida por séculos. 

A redescoberta de Aenaria: a cidade submersa 

Foi apenas no início dos anos 2000 que mergulhadores e arqueólogos identificaram ruínas submersas na região. As escavações subaquáticas revelaram ruas pavimentadas, colunas, mosaicos e restos de oficinas.

Esses vestígios romanos submersos confirmaram não apenas a localização de Aenaria, mas também sua relevância como centro urbano na Antiguidade. 

Aenaria é uma cidade submersa em uma ilha na Baía de Cartaromana, em Ísquia. (Foto: Inga Tomane | Wikimedia Commons)

Os objetos encontrados no sítio arqueológico subaquático – como ânforas, ferramentas e utensílios domésticos – ajudam a reconstituir a vida cotidiana da cidade. Eles indicam uma comunidade próspera, com comércio intenso e uma rotina ligada ao mar.

A cerâmica, por exemplo, mostra que Aenaria produzia e exportava recipientes usados para transportar azeite, vinho e outros alimentos típicos da dieta romana. 

Um patrimônio a ser preservado em Ísquia 

A redescoberta de Aenaria, na ilha italiana de Ísquia, ampliou o conhecimento sobre a expansão urbana romana e suas interações comerciais no Mediterrâneo e, além disso, despertou o interesse turístico.

Hoje, os visitantes podem mergulhar nas águas da Baía de Cartaromana e observar de perto o sítio arqueológico subaquático. Mas para quem prefere ficar na superfície, barcos com fundo de vidro permitem ver as ruínas sem precisar se aventurar no mergulho. 

O desafio agora é preservar Aenaria diante da ação do mar e do turismo crescente. Projetos de conservação buscam equilibrar a proteção dos vestígios romanos submersos com o potencial de atrair visitantes para Ísquia.

Afinal, poucas experiências são tão marcantes quanto ver uma cidade romana submersa diante dos próprios olhos. 

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