O grupo terrorista Hamas anunciou nesta sexta-feira (3) que está disposto a libertar todos os reféns, vivos e mortos, em resposta ao plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Faixa de Gaza.
Em comunicado divulgado no Telegram e repercutido pela emissora Al Jazeera, a organização declarou que “afirmamos nossa prontidão para imediatamente entrar em negociações, por meio dos mediadores, a fim de discutir os detalhes deste acordo”.
Segundo o Hamas, a libertação dos reféns ocorreria “de acordo com a fórmula de troca delineada na proposta do presidente Trump, desde que as condições de campo necessárias para a troca sejam asseguradas”. A nota também informou que o grupo terrrorista palestino aceita transferir a administração da Faixa de Gaza a um órgão palestino independente, composto por tecnocratas e apoiado por consenso nacional, além de respaldo árabe e islâmico, algo previsto no plano da Casa Branca.
O comunicado destaca ainda que “outras questões mencionadas na proposta do presidente Trump sobre o futuro da Faixa de Gaza e os direitos legítimos do povo palestino estão ligadas a uma posição nacional unificada e às leis e resoluções internacionais relevantes”. O Hamas afirmou que esses pontos serão tratados em um “quadro nacional palestino abrangente, no qual o movimento participará e contribuirá de forma responsável”.
A resposta do Hamas ocorre horas após Trump ter dado um ultimato ao grupo terrorista, estabelecendo o próximo domingo (5), às 18h em Washington (19h em Brasília), como prazo para a aceitação do acordo.
“Um acordo com o Hamas deve ser alcançado até as 18h. Todos os países concordaram com o acordo! Se esse acordo de última chance não for alcançado, o inferno vai se soltar, como ninguém jamais viu antes, contra o Hamas”, declarou o presidente americano em sua conta na Truth Social.
O plano de 20 pontos elaborado por Trump prevê o cessar-fogo imediato, a libertação dos reféns e a criação de um governo de transição em Gaza, que seria supervisionado por ele e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. O documento também propõe a desmilitarização da Faixa e abre a possibilidade de negociação futura para a criação de um Estado palestino, questão ainda não aceita por Benjamin Netanyahu.
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