Notícias em alta
Categorias
Fique conectado
Notícias em alta
Ao utilizar nosso site, você concorda com o uso de nossos cookies.

Notícias

EUA identificam três vítimas do 11 de Setembro
Mundo

EUA identificam três vítimas do 11 de Setembro 

A prefeitura de Nova York anunciou nesta sexta-feira (8) a identificação de mais três vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A confirmação foi feita pelo prefeito Eric Adams e pelo médico legista-chefe da cidade, Jason Graham, com base em testes avançados de DNA realizados em restos mortais encontrados nos escombros do World Trade Center (WTC). As vítimas são Ryan Fitzgerald, de Nova York, Barbara Keating, de Palm Springs, Califórnia, e uma mulher cujo nome não foi divulgado a pedido da família.

Segundo Graham, as novas identificações foram possíveis graças a avanços recentes na tecnologia de sequenciamento genético, que permitem extrair amostras de fragmentos ósseos que antes não revelavam resultados. “Quase 24 anos após o desastre no World Trade Center, nosso compromisso em identificar os desaparecidos e devolvê-los às suas famílias continua tão forte quanto sempre foi”, afirmou.

Barbara Keating, que tinha 72 anos em 2001, estava a bordo do voo 11 da American Airlines, que partiu de Boston com destino a Los Angeles e foi sequestrado por terroristas islâmicos da Al-Qaeda antes de atingir a Torre Norte do WTC às 8h46 daquela manhã. Ela havia antecipado seu retorno de viagem para ajudar a filha, após um acidente de carro envolvendo a família. “Ela realmente era uma senhora muito doce, gentil e discreta. Deixou um grande vazio em nossa comunidade”, disse, segundo o The Guardian, Mary Arthen, secretária da paróquia St. Theresa of the Child Jesus, onde Keating atuava como voluntária.

Já Ryan Fitzgerald, de 26 anos, trabalhava como operador de câmbio no 94º andar da Torre Sul do WTC quando o voo 175 da United Airlines, também sequestrado, colidiu com o prédio às 9h03. As explosões e o incêndio causados pelos impactos resultaram no colapso das duas torres pouco tempo depois, provocando milhares de mortes e deixando mais de mil vítimas sem identificação por décadas.

De acordo com o jornal The New York Times, peritos chegaram a alertar, ainda nos anos 2000, que a destruição causada pelas explosões e o calor intenso dificultariam a recuperação de DNA. Para o filho de Barbara, Paul Keating, o trabalho das equipes forenses é motivo de gratidão. “Estamos falando de pessoas trabalhando horas extras 24 anos depois, por nós. Essa é a parte incrível. Eles não vão parar até identificarem cada pessoa”, declarou.

As novas identificações elevam para 1.653 o número de vítimas reconhecidas oficialmente entre as 2.753 pessoas que morreram nos atentados em Nova York. Ainda restam cerca de 1.100 vítimas sem identificação, e o laboratório mantém armazenados mais de 22 mil fragmentos humanos recuperados do local.

O prefeito Eric Adams afirmou que, apesar do tempo decorrido, a prioridade permanece. “A dor de perder um ente querido nos ataques terroristas de 11 de setembro ressoa ao longo das décadas, mas com essas três novas identificações, damos um passo à frente para consolar os familiares que ainda sofrem por causa desse dia”, declarou.

Atualmente, os nomes de Fitzgerald, Keating e de outras 2.981 vítimas dos atentados de 2001 e do ataque ao World Trade Center em 1993 estão gravados no memorial instalado no Marco Zero, no sul de Manhattan, que recebe homenagens anuais em memória dos que perderam a vida.

Postagens relacionadas