Cerca de uma semana após a divulgação dos lucros mensais de maio pelo Banco Central levar a um tombo das ações do Banco do Brasil (BBAS3), o JPMorgan revisou seus números para a estatal com redução nas perspectivas.
Os analistas do banco mantiveram recomendação neutra, mas cortaram o preço-alvo de R$ 26 para R$ 25.
Para 2025, reduziram a sua estimativa de lucro recorrente em 11%, para R$ 22,504 bilhões, o que representa uma queda de 41% ano a ano e um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 12,4%.

Para 2026, a estimativa de lucro recorrente foi cortada em 6%, para R$ 28,532 bilhões, um aumento de 27% ano a ano e ROE de 14,8%.
“Atualmente, nossas estimativas estão 16% abaixo do consenso Bloomberg para 2025 e 8% abaixo para 2026 (baseado em 13 estimativas)”, avaliam.
O BC publicou números operacionais de maio das instituições financeiras com dados muito negativos para o Banco do Brasil. A instituição estatal registrou um lucro líquido bastante fraco, de R$ 516 milhões no mês, indicando num primeiro momento para o JPMorgan um lucro líquido de R$ 3,4 bilhões do BB (de forma run rate, ou métrica financeira que permite estimar o desempenho futuro de uma empresa com base em seus resultados atuais) no segundo trimestre. Este número ficou 31% abaixo da projeção do JPMorgan para o período, que é de R$ 4,86 bilhões. Enquanto isso, a carteira de crédito permaneceu estável.
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O banco ainda notou uma deterioração material no lucro, já que em abril o lucro havia sido de R$ 1,7 bilhão, parcialmente antecipando a inadimplência na agricultura.
Já no relatório desta semana, o JPMorgan passou a projetar um lucro de R$ 3,7 bilhões para o BB no segundo trimestre e 25% de payout (percentual do lucro que será pago em forma de dividendos).
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O BB divulga seus resultados no dia 14 de agosto, após o fechamento do mercado.
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