O cantor e compositor Arlindo Cruz morreu na sexta-feira (8/8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava Internado no CTI da Casa de Saúde São José em decorrência de uma pneumonia. O sambista, contudo, enfrentava complicações de saúde desde 2017, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico que deixou sequelas.
Na época, Arlindo parou de responder a estímulos e precisou passar por diversas cirurgias. Também foi diagnosticado com uma doença autoimune e, nos últimos anos, dependia de sonda para se alimentar. Em julho deste ano, o quadro se agravou e ele não apresentou mais avanços, mesmo com os tratamentos.
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Arlindo Cruz
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Arlindo Cruz e Babi
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Arlindo Cruz
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Flora é a caçula de Arlindo Cruz
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Arlindo Cruz inicia tratamento com óleo de cannabis após AVC
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Arlindo Cruz e Arlindinho
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Início no Cacique de Ramos
Arlindo Cruz iniciou a carreira em 1981, nas rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de nomes como Jorge Aragão e Almir Guineto. O primeiro reconhecimento veio como compositor, com músicas gravadas por diversos artistas ao longo da década de 1990.
Pouco depois, passou a interpretar as próprias canções e ganhou destaque ao entrar para o grupo Fundo de Quintal. Com o conjunto, ajudou a popularizar o pagode e consolidou seu nome como um dos principais representantes do gênero.
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Carreira solo e parcerias
A carreira solo começou em 1993. Entre 1996 e 2002, em parceria com Sombrinha, lançou cinco álbuns. O auge veio em 2009, com o DVD MTV Ao Vivo: Arlindo Cruz, que vendeu cem mil cópias e se tornou um marco de sua trajetória.
O último projeto antes do AVC foi Pagode 2 Arlindos, gravado em 2017 com o filho Arlindinho.
Samba-enredo e carnaval
Arlindo também construiu uma história no carnaval carioca, assinando sambas-enredo para escolas como Império Serrano, Acadêmicos do Grande Rio, Unidos de Vila Isabel e Leão de Nova Iguaçu. A habilidade como compositor lhe rendeu respeito tanto no mundo do samba quanto entre músicos de outros gêneros.
Vida pessoal
Casado desde 2012 com a empresária e produtora Babi Cruz, com quem viveu por mais de 26 anos, o cantor renovou os votos de casamento em 2022, numa celebração para cerca de 60 convidados. Era pai de Arlindinho e de Flora Cruz.
Após o AVC, passou a morar com a família e a enfrentar internações frequentes, especialmente por problemas respiratórios. Apesar das limitações, manteve a ligação com o samba e o carinho do público até o fim.
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