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Braskem (BRKM5) decepciona expectativas já baixas do mercado e ação cai forte após 2T
Economia

Braskem (BRKM5) decepciona expectativas já baixas do mercado e ação cai forte após 2T 

As ações da Braskem (BRKM5) caem forte nesta quinta-feira (7), após a petroquímica divulgar resultados do segundo trimestre abaixo das já reduzidas expectativas do mercado. Às 11h44 (horário de Brasília), as ações da companhia caíam 3,64%, a R$ 8,21.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente de R$ 427 milhões ficou bem abaixo dos R$ 946 milhões previstos pela XP e apresentou uma queda acentuada de 68% em relação ao trimestre anterior. O prejuízo líquido de R$ 267 milhões foi 32% melhor que os R$ 395 milhões esperados pela corretora, mas reverteu o lucro líquido do trimestre anterior. Os resultados ficaram abaixo das expectativas e a alavancagem aumentou substancialmente.

A XP aponta que o principal responsável pelo desempenho abaixo do esperado pode ser um efeito temporal não monetário. Após o “Liberation Day”, em 2 de abril, os preços das resinas e matérias-primas caíram acentuadamente, mas o custo dos produtos vendidos (COGS) ainda reflete custos unitários mais altos devido ao baixo giro de estoque do setor.

A XP destaca que, embora as perdas de estoque afetem negativamente o resultado, elas não necessariamente prejudicam o fluxo de caixa, pois há um efeito positivo relacionado à redução das necessidades de capital de giro. Além disso, caso essa hipótese se confirme, o terceiro trimestre de 2025 deve mostrar uma recuperação significativa em relação aos baixos níveis do segundo trimestre.

Na opinião da XP, a possível aprovação do projeto de lei PRESIQ seria uma importante tábua de salvação para a Braskem e para o setor.

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O JPMorgan avaliou como negativo o resultado da Braskem no segundo trimestre de 2025, com números abaixo das próprias estimativas — já conservadoras — e do consenso de mercado. “Embora os volumes de vendas tenham ficado em linha com as projeções, a compressão de spreads ao longo do trimestre pressionou as margens mais do que o esperado”, explica JPMorgan.

O JPMorgan calcula que o fluxo de caixa livre (FCF) foi negativo em R$ 1,2 bilhão, com fluxo de caixa operacional de R$ 537 milhões pressionado por pagamentos de juros, investimentos e leasing. A dívida líquida ajustada subiu para US$ 6,9 bilhões, e a alavancagem aumentou para 10,59 vezes a relação dívida líquida/EBITDA, frente a 7,98 vezes no trimestre anterior.

O JPMorgan também destacou que, embora a dívida tenha aumentado apenas marginalmente, a queda do Ebitda nos últimos 12 meses contribuiu para o salto na alavancagem. Com 91% da dívida total em moeda estrangeira e um caixa de US$ 1,7 bilhão, a Braskem possui liquidez suficiente para cobrir os vencimentos pelos próximos 30 meses, mesmo sem considerar uma linha de crédito rotativa de US$ 1 bilhão.

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O JPMorgan manteve recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 6.

O Bradesco BBI também avaliou que o Ebitda recorrente da Braskem no segundo trimestre de 2025 ficou muito abaixo das expectativas, refletindo spreads mais baixos, desalinhamento de estoques e uma parada programada para manutenção no México.

Embora o fluxo de caixa livre ao acionista (FCFE) tenha melhorado para -US$ 161 milhões, ante -US$ 511 milhões no 1T25, o indicador segue negativo diante da fraca geração operacional de caixa.

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Diante do cenário, o BBI revisou suas estimativas para baixo, ao avaliar que tanto suas projeções quanto as do mercado para 2025 e 2026 estavam excessivamente otimistas. O preço-alvo foi ajustado para R$ 10 por ação (US$ 3,50 por ADR) ao final de 2026, abaixo do valor anterior de R$ 12 (US$ 4 por ADR) projetado para o fim de 2025.

A equipe do banco manteve recomendação neutra para o papel, destacando que a visibilidade sobre os spreads segue bastante limitada. Ainda assim, o BBI observa que a indústria química segue pressionando por medidas antidumping contra o polietileno (PE) dos EUA e por isenção de impostos sobre matérias-primas. Caso essas medidas sejam implementadas com sucesso, o banco estima que o Ebitda da Braskem poderia aumentar em até 80%.

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