O dólar iniciou a semana em queda frente ao real, encerrando a segunda-feira cotado a R$ 5,5070, influenciado por expectativas de que o Federal Reserve volte a cortar juros ainda neste ano e pela recuperação de ativos brasileiros após os choques recentes causados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. O movimento de alívio foi observado também nos contratos futuros, que recuaram 0,63%, mesmo com o impasse comercial entre Brasília e Washington ainda no radar. Investidores seguem atentos às negociações diplomáticas, que podem ganhar tração após Donald Trump sinalizar abertura para diálogo com o presidente Lula, apesar das críticas ao tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
No ambiente doméstico, os mercados acompanham a divulgação da ata do Copom e os dados do Caged, que devem indicar se há espaço para algum alívio na política monetária local. O boletim Focus trouxe leve melhora nas projeções de inflação, enquanto o Banco Central iniciou a rolagem de swaps cambiais. Para o trader de mini dólar, o dia exigiu atenção à movimentação do câmbio com foco no cenário internacional — especialmente nas sinalizações do Fed — e nos ruídos políticos internos, que ainda provocam volatilidade. A configuração do mercado segue sensível a qualquer nova sinalização vinda dos EUA, tanto na política monetária quanto na comercial.
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Os contratos de minidólar (WDOU25), com vencimento em setembro, encerraram a sessão da véspera em baixa de 0,39%, cotados a 5.559 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
No intraday de 15 minutos, o minidólar registrou sua segunda sessão consecutiva de queda, mas mesmo com esse recuo, manteve-se acima das médias de 9 e 21 períodos. O destaque técnico ficou por conta da formação de um fundo duplo, o que pode representar uma tentativa de reversão altista, desde que venha acompanhado de entrada de volume comprador.
Para que esse padrão seja confirmado, será necessário o rompimento da faixa de resistência em 5.565/5.585 pontos. Se houver força compradora suficiente para superar essa região, o ativo poderá buscar alvos em 5.603/5.611, com objetivo mais longo na faixa de 5.623,5/5.637,5 pontos.
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No entanto, se a pressão vendedora continuar, será fundamental acompanhar a região de suporte em 5.550/5.531,5 pontos. A perda desse patamar pode abrir caminho para um movimento mais intenso de baixa, mirando 5.520,5/5.509 pontos e, posteriormente, 5.504/5.494 pontos.
No diário, o ativo também registrou recuo na última sessão e segue negociando abaixo das médias de 9 e 21 períodos, em um contexto de lateralização. Apesar da queda, o minidólar ainda não perdeu a estrutura de consolidação e segue oscilando entre os extremos.
Um ponto de atenção está na mínima de 2025, marcada em 5.437,5 pontos. O rompimento dessa região poderá acelerar as vendas e alterar o viés técnico de forma mais estrutural.
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Para tentar retomar o viés de alta, será necessário superar as resistências em 5.583/5.609 pontos, com possível alvo em 5.676/5.701 pontos. Já do lado da baixa, caso perca os 5.531,5/5.509 pontos, o ativo poderá caminhar em direção às mínimas do ano. O IFR(14) está em 43,20, ainda em um nível considerado neutro.
Saiba mais:
Dólar futuro (WDOU25): Gráfico de 60 minutos
A análise do gráfico de 60 minutos mostra que o minidólar fechou o dia em queda, mas com sinais técnicos relevantes. O ativo encerrou a sessão negociando entre as médias de 9 e 21 períodos, após uma recuperação expressiva no fim do pregão. Assim como no gráfico de 15 minutos, houve a formação de um fundo duplo, que pode sinalizar o início de uma correção altista, caso seja confirmado.
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Para isso, o primeiro desafio será romper a faixa de 5.565/5.603 pontos. Superada essa resistência, os próximos alvos estarão em 5.609/5.623,5 pontos, podendo chegar até 5.669,5/5.675,5 pontos, caso o fluxo comprador se intensifique.
Por outro lado, se o ativo voltar a ceder e romper a região de suporte em 5.531,5/5.520 pontos, a tendência é que o movimento de baixa se aprofunde. Nesse cenário, o próximo suporte encontra-se em 5.504/5.478 pontos, com objetivo mais distante em 5.452/5.422 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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