O regime da Rússia admitiu nesta segunda-feira (4) a possibilidade de um encontro presencial entre o ditador Vladimir Putin e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, caso sejam atingidos certos avanços em negociações de paz entre os dois países.
Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, só haverá uma reunião deste tipo se as “etapas técnicas” das negociações conduzidas por representantes dos dois países forem consideradas “satisfatórias” pela Rússia.
“O presidente não descarta a realização de um encontro, desde que haja progresso suficiente nos trabalhos conduzidos por especialistas”, afirmou Peskov, acrescentando que, até agora, as condições necessárias para algo do tipo ainda “não foram cumpridas”.
Do lado russo, as condições para qualquer avanço rumo à paz seguem as mesmas apresentadas desde meados do ano passado. Entre as principais exigências de Moscou estão: o reconhecimento internacional das regiões ucranianas atualmente ocupadas pelas forças russas; o compromisso da Ucrânia em não aderir à Otan; a manutenção de um status de neutralidade militar por parte de Kiev; e a aceitação das fronteiras sob controle russo após a invasão.
Nos últimos dias, os Estados Unidos, por meio do presidente Donald Trump, determinaram um prazo para que Moscou concorde com um cessar-fogo na Ucrânia. Caso não haja sinalização positiva para algo nesse sentido até o final desta semana, a Rússia poderá enfrentar novas tarifas e sanções econômicas. O governo norte-americano ainda não perdeu fé nas negociações pela paz no leste europeu, e anunciou que enviou o representante da Casa Branca Steve Witkoff a Moscou para reforçar o pedido de interrupção dos combates, iniciativa que foi recebida sem objeções pelo Kremlin.
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