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Marfrig suspende produção para os EUA em meio ao tarifaço de Trump, diz jornal
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Marfrig suspende produção para os EUA em meio ao tarifaço de Trump, diz jornal 

A Marfrig (MRFG3), uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo, suspendeu, temporariamente, desde 17 de julho, a produção destinada ao mercado americano em seu complexo de Várzea Grande (MT). A decisão, obtida pela Folha de S.Paulo nesta quarta-feira (30), foi comunicada ao Ministério da Agricultura e foi atribuída a “motivos comerciais”. A empresa não informou quando pretende retomar as exportações.

A planta de Várzea Grande, adquirida da BRF em 2019, é uma das mais importantes da companhia, com capacidade para processar 2.000 cabeças de gado por dia e produzir 70 mil toneladas de alimentos por ano. Habilitada para exportar a 22 países, incluindo EUA e China, a unidade reúne operações de abate, desossa e industrialização.

A notícia vem a dois dias da data prevista para que o presidente dos EUA, Donald Trump, imponha uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, e em meio à alta expectativa de que ela de fato entre em vigor. A sobretaxa, anunciada como retaliação política e não por razões econômicas, segundo analistas, tem como alvo o Brasil principalmente por causa do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF — que Trump chamou de “caça às bruxas”.

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Embora ainda em fase de definição final, as tarifas já afetam o comércio bilateral. Desde abril, quando os EUA aplicaram uma taxa adicional de 10% sobre a carne brasileira, as exportações do setor para o mercado americano caíram 80%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. O volume despencou de 47,8 mil toneladas em abril para 9,7 mil toneladas em julho.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que a aplicação da tarifa de 50% pode provocar uma redução de 47% nas vendas de carne bovina para os EUA, além de impacto sobre outros produtos como café e suco de laranja. No total, o agronegócio brasileiro pode perder US$ 5,8 bilhões em exportações para o mercado americano.

Com a incerteza, frigoríficos de diferentes estados já redirecionam embarques ou interrompem produção para evitar que remessas cheguem aos EUA após o início da medida.

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