O pai de Juliana Marins, a jovem brasileira que morreu após sofrer uma queda no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, denunciou o desaparecimento de uma placa em homenagem à filha, instalada em um mirante na Praia do Sossego, em Niterói, no Rio de Janeiro. Mais tarde, a prefeitura informou que o sinal havia “voado” ou “caído” por conta do vento.
“Estive há pouco no mirante e trilha Juliana Marins e, para meu espanto, as placas não estavam mais lá. O que será que leva uma pessoa a pegar em algo que não é seu e que não tem nenhuma importância para ele, mas que é importantíssimo para outros?”, escreveu o pai em uma publicação no Instagram.
Posteriormente, a prefeitura da região divulgou um comunicado, citado pelo G1, explicando que “devido à ventania de ontem (sexta-feira), as placas tombaram”. Segundo a nota, funcionários recolheram o material, que será reinstalado no mirante neste domingo (28).
Ainda em sua publicação, o pai afirmou que foi informado sobre a retirada das placas. No entanto, destacou que um bombeiro havia dito que a placa da trilha “já não estava lá desde a semana passada”. De acordo com o G1, o local onde a homenagem foi colocada é considerado um dos pontos mais bonitos de Niterói — e era também um dos preferidos de Juliana.
Quem foi Juliana Marins?
Juliana Marins foi encontrada morta quatro dias após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. A jovem, de 26 anos, era formada em Publicidade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e estava em uma viagem solo pela Ásia, passando por países como Filipinas, Vietnã, Tailândia e, por fim, Indonésia, onde chegou no final de fevereiro.
Juliana Marins, de 26 anos, caiu durante uma caminhada no vulcão Rinjani, na Indonésia, e foi encontrada morta ao 4.º dia de buscas. Especialistas apontam o que pode ter corrido mal durante as operações de resgate.
Guilherme Bernardo | 06:53 – 25/06/2025
Ela foi vista pela última vez por meio de imagens de um drone operado por outros turistas. Nas gravações, Juliana aparece sentada após a queda, mas, quando as equipes de resgate chegaram ao local, ela já não estava mais lá. Posteriormente, descobriu-se que houve uma segunda queda, que a levou a cair centenas de metros além do ponto inicial.
Segundo o G1, especialistas em montanhismo, guias experientes e outros viajantes que já realizaram a mesma trilha apontaram diversas falhas que podem ter contribuído para a tragédia. Entre elas, estão a falta de exigência de equipamentos de segurança, abandono durante a caminhada, despreparo dos guias locais, terreno instável, condições climáticas extremas, resgate lento e desorganizado, uso limitado de tecnologia e obstáculos diplomáticos e logísticos.

Família de Juliana Marins denuncia quebra de sigilo após a divulgação do laudo da autópsia na imprensa antes mesmo de receber o documento oficialmente. O novo exame foi feito no Brasil após questionamentos sobre as conclusões dos legistas indonésios
Agência Brasil | 08:24 – 10/07/2025
Uma nova autópsia foi realizada no Brasil, e as autoridades confirmaram que a causa da morte foi múltiplos traumas resultantes da queda de grande altura. O laudo apontou hemorragia interna causada por lesões em vários órgãos, compatíveis com impacto de alta energia. Os peritos acreditam que Juliana sobreviveu por, no máximo, 15 minutos após o impacto, mas sem condições de reagir ou se mover.
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