O Citi rebaixou a recomendação para as ações da PetroRecôncavo (RECV3) de compra para neutra e cortou o preço-alvo de R$ 18 para R$ 15, citando expectativa de produção estável até o fim de 2025 e menor confiança em uma aceleração relevante a partir de 2026. O banco também revisou suas estimativas após os dados operacionais do segundo trimestre e atualizações macroeconômicas. Às 10h14, as ações da petrolífera recuavam 2,07%, cotadas a R$ 13,27.
Segundo o relatório, os resultados do 2T25 devem mostrar recuo na comparação trimestral, pressionados por preços menores de petróleo e câmbio mais fraco, apesar de a produção ter se mantido praticamente estável. O Citi projeta um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 359 milhões e lucro líquido de R$ 200 milhões no período, com impacto positivo da variação cambial nos resultados financeiros.
A produção começou o trimestre em bom ritmo, com média de 27,8 mil barris de óleo equivalente por dia em abril, mas caiu nas semanas seguintes devido à finalização de poços no polo Potiguar e à parada de sete dias no campo de Cassarongongo (Bahia), em julho.
O banco também destacou que, embora haja discussões no mercado sobre a possibilidade de novos dividendos em 2025, essa não é sua expectativa. Mesmo com baixa alavancagem, o Citi não vê catalisadores para justificar uma distribuição adicional, dado o cenário de investimentos previstos e os retornos considerados pouco atrativos frente à taxa livre de risco no Brasil e a outras opções no setor.
Com base nas projeções, a ação negocia com rendimento de fluxo de caixa (FCF yield) entre 4% e 7% para 2025-26 e dividend yield estimado entre 7% e 12% – patamares que, segundo o banco, não justificam recomendação de compra.
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