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10 principais descobertas arqueológicas de 2025
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10 principais descobertas arqueológicas de 2025 

A cada ano, a arqueologia avança em direção ao passado, revelando fragmentos da história humana e do planeta. As escavações, análises e novas tecnologias de datação têm permitido que pesquisadores reconstruam modos de vida, crenças e hábitos de civilizações antigas.

Muitas dessas descobertas são fruto de cooperação internacional, com o uso de inteligência artificial, drones e varreduras a laser – ferramentas que estão transformando a forma como exploramos o passado.

Em 2025, não tem sido diferente. Diversos achados ao redor do mundo lançaram nova luz sobre civilizações antigas e práticas religiosas.

Pensando nisso, a Gazeta do Povo reuniu as 10 descobertas arqueológicas mais importantes de 2025 até o momento, que ajudam a contar, com mais detalhes, a fascinante história da humanidade.

1 – Túmulo de Tutmés II

Durante escavações realizadas em Têbas, a oeste do rio Nilo, próximo a Luxor, arqueólogos fizeram uma descoberta impressionante: o túmulo do faraó Tutmés II, Décima Oitava Dinastia do Egito Antigo.

A descoberta, anunciada por autoridades egípcias em fevereiro deste ano, é considerada por muitos especialistas como a mais importante da história recente do Egito. A mais notável até então havia sido há mais de um século, quando arqueólogos encontraram restos mortais do rei Tutancâmon.

Embora tenham descoberto sua tumba neste ano, os restos mortais de Tutmés II foram encontrados no século 19, em um local próximo. Nos dias atuais, a múmia de Tutmés II está em exposição no Museu Nacional da Civilização Egípcia, no Cairo.

2 – Mahanaim

Escavações em Tall adh-Dhahab al-Gharbi, um sítio arqueológico na Jordânia, apontaram para a possível descoberta, em janeiro de 2025, de Mahanaim, local bíblico associado ao Reino de Israel. Segundo as escrituras, o rei Davi se refugiu em Mahanaim durante uma guerra com Absalão – seu terceiro filho que tentou usurpar seu trono.

“Davi já tinha chegado a Mahanaim quando Absalão atravessou o Jordão com todos os homens de Israel”, 2 Samuel 17:24 (NVI).

Vale destacar que em hebraico Mahanaim significa “dois acampamentos”, isso porque local está relacionado a outro sítio bíblico próximo, Penuel que, segundo especialistas, seria menor e situado a poucos quilômetros de distância.

3 – História da Pirâmide de Quéops

Há poucos meses, arqueólogos no Egito descobriram novas inscrições dentro da Grande Pirâmide – uma das pirâmides de Gizé, associada ao faraó Quéops – que confirma os verdadeiros construtores da obra.

O fato é relevante pois desmentiu uma antiga crença de que estas pirâmides haviam sido construídas por milhares de escravos. As descobertas apontam que o monumento foi, na verdade, erguido por trabalhadores qualificados, que eram remunerados e bem alimentados.

Segundo os especialistas, esses trabalhadores viviam em uma cidade planejada próxima à construção da obra. Lá, foram encontradas instalações para panificação e armazenamento de alimentos suficientes para até 10.000 pessoas por dia.

4 – Artefatos raros no Macapá

Também em fevereiro de 2025, durante obras para a construção do Parque Residência, em Macapá, capital do Amapá, foram encontradas enterradas raridades que revelam vestígios de povos ancestrais que viveram no Brasil.

Foram descobertos artefatos históricos como moedas e cachimbos, de cerca de 1750, antes das primeiras ocupações reconhecidas na história do Amapá, que remetem ao período de implementação da Vila de São de Macapá.

As moedas de bolso e os cachimbos holandeses atestam a relação comercial entre os europeus colonizadores e os nativos.

5 – Espada celta com suástica

Em maio deste ano, arqueólogos encontraram na França uma necrópole celta da Idade do Ferro e quando escavaram, encontraram uma espada com decoração de suástica em um bom estado de conservação de 2.300 anos.

Além da espada, encontraram também artefatos de metal, tais como, pulseiras de cobre e um vaso funerário. Nenhum esqueleto foi encontrado na necrópole.

Com diversas pedras preciosas e possivelmente projetada para se usar na cintura, a espada em questão foi classificada pelos pesquisadores como “o objeto mais espetacular da necrópole”.

6 – Esqueletos desconhecidos

Arqueólogos descobriram, em junho, no sítio arqueológico de Xingyi, em Yunnan, no sudoeste da China, restos de um esqueleto feminino de aproximadamente 7.100 anos. Além do achado em si, o que chamou a atenção dos pesquisadores foi seu perfil genético único.

Os profissionais acreditam que o esqueleto possa ter fornecido importantes pistas sobre um linhagem humana desconhecida misteriosa, que pode ajudar na compreensão das origens do povo tibetano.

Arqueólogos trabalhando em escavações. (Foto: Aleksander Stypczynski | Unsplash)

Uma análise de DNA dos esqueletos mostrou que vêm de uma linhagem “profundamente divergente” de populações que deveriam ser semelhantes, tais como as do leste ou do sul da Ásia. Este grupo foi nomeado como linhagem Xingyi da Ásia Basal, e os estudiosos acreditam ele se separou de outros agrupamentos há pelo menos 40 mil anos.

7 – Peñico

Em julho no Peru, arqueólogos descobriram uma cidade antiga de aproximadamente 3.500, batizada de Peñico. O local foi encontrado próximo à região que deu origem à civilização Caral, considerada a mais antiga das Américas.

Para os pesquisadores, Peñico emergiu após a queda de Caral, e foi crucial para a reorganização social e econômica da época. No local, foi descoberta uma estrutura com um grande círculo no terraço de uma encosta e, ao redor, edifícios de pedra e templos para cerimônias.

Ao todo, foram encontrados 18 monumentos, que incluem complexos residenciais, praças com relevos de esculturas, colares confeccionados com contas e conchas e figuras humanas e de animais feitas à base de argila.

8 – Família de Pompeia

Também em maio, pesquisadores descobriram uma casa com evidências de que quatro pessoas, incluindo uma criança, tentaram se proteger da erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., usando os móveis da residência para bloquear a porta de um dos quartos.

Além de uma cadeira, encontrada encostada a uma das portas, uma cama foi utilizada pelos residentes da casa para criar uma barreira improvisada também como forma de proteção.

Os arqueólogos acreditam, porém, que, ao passo que a erupção continuava, os residentes afastaram a cama da porta e tentaram escapar. O destino foi trágico: no local, estavam os restos mortais dos quatro.

9 – Urnas funerárias na Amazônia

Em junho, pescadores encontraram por acaso, na região do Médio Solimões, no Amazonas, dois grandes vasos de cerâmica enterrados há séculos – e a descoberta pode ser muito mais relevante que apenas os objetos.

Com a ajuda de moradores locais, arqueólogos conseguiram desenterrar os artefatos e encontraram ainda outras cinco urnas menores. Dentro delas, foram achados fragmentos de ossos humanos, peixes e quelônios, indicando práticas funerárias associadas a rituais e à alimentação.

A descobertas ampliam o entendimento sobre as ocupações das áreas de várzea e revelam algumas das práticas indígenas ancestrais, evidenciando suas culturas complexas em um horizonte cultural pouco conhecido.

10 – Fósseis de mãos no Quênia

Em outubro, cientistas descobriram no Quênia os primeiros fósseis de mão conhecidos de um parente humano extinto, trazendo luz a uma espécie com destreza inesperada e um aperto semelhante ao de um gorila.

Além dos ossos da mão, também foram encontrados fósseis de crânio e dentes. A descoberta está levando os pesquisadores a crer que esses humanos podem ter sido capazes de usar ferramentas de pedra.

“Esta é a primeira vez que podemos vincular com confiança o Paranthropus boisei (um dos primeiros hominíneos) a ossos específicos de mão e pé”, afirmou a paleoantropóloga Carrie Mongle, autora principal de um estudo sobre os fósseis publicado na revista Nature, no último dia 15.

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